O Banco Central divulgou novas previsões que indicam um aumento nas estimativas para a inflação, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado em 4,59%, superando o teto da meta de 4,50% para este ano. Essa é a quinta elevação consecutiva das expectativas, refletindo preocupações com a pressão inflacionária gerada por fatores climáticos e o impacto sobre os preços de energia e alimentos. Para os próximos anos, as previsões de inflação também foram ajustadas, com 4,03% em 2025 e 3,61% em 2026, mantendo a meta central de 3% a partir de 2025.
Além das expectativas inflacionárias, a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 subiu levemente de 3,08% para 3,10%. No entanto, a previsão para 2025 permaneceu estável em 1,93%. Os economistas do mercado financeiro também preveem um aumento na taxa básica de juros, atualmente em 10,75% ao ano, com expectativas de que a Selic atinja 11,75% até o final de 2024, o que sugere novas elevações até o término do ano.
Outras estimativas do relatório incluem uma alta na projeção da taxa de câmbio para o dólar, que deve chegar a R$ 5,50 no fim de 2024, e uma leve queda no saldo da balança comercial, que deve registrar um superávit de US$ 77,8 bilhões. As expectativas para investimentos estrangeiros diretos permanecem estáveis, com uma previsão de US$ 72 bilhões para 2024 e US$ 74 bilhões para 2025. Essas informações refletem um cenário econômico desafiador, com a inflação afetando o poder de compra da população e exigindo ajustes nas políticas monetárias.