Na manhã desta segunda-feira, o dólar testou uma mínima intradia de R$ 5,8057, refletindo um recuo de 1,09% devido a expectativas sobre um anúncio de medidas de corte de gastos pelo governo. O adiamento da viagem do ministro da Fazenda à Europa contribuiu para o otimismo com ativos de risco, especialmente em Nova York, onde a possibilidade de vitória de uma candidata democrata na presidência dos Estados Unidos também influencia os mercados. A disparada do dólar na última sexta-feira, quando atingiu R$ 5,8694, foi atribuída ao estresse nos mercados pela ausência de ações fiscais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá com sua equipe no Palácio do Planalto, abordando inicialmente temas do G20, mas é esperado que discuta questões relacionadas ao corte de gastos em um grupo mais restrito. As declarações recentes dos ministros da Casa Civil e da Fazenda sobre a convergência entre as áreas política e econômica em relação à redução de despesas têm gerado volatilidade nos mercados, especialmente com a falta de um prazo definido para anúncios.
O cenário econômico também é marcado pelo aumento nas estimativas de inflação, com a mediana do Boletim Focus subindo de 4,04% para 4,08% para os próximos 12 meses. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) em São Paulo registrou uma alta de 0,80% em outubro, superando as expectativas do mercado. O Indicador Antecedente de Emprego manteve-se estável, evidenciando um panorama de incertezas na economia, enquanto o dólar seguia em queda, com o dólar à vista caindo para R$ 5,8067 às 9h37.