O dólar à vista encerrou o pregão de segunda-feira (25) em baixa, após uma sessão marcada pela instabilidade, com trocas constantes de sinal. No fim do dia, a moeda americana chegou a operar próximo ao piso técnico de R$ 5,80, influenciada pela expectativa do mercado sobre um pacote fiscal que o governo deve anunciar. O plano, que será detalhado em breve, inclui mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), no salário mínimo, no abono salarial e nas regras da previdência dos militares, embora não haja alterações previstas para as áreas de saúde e educação.
O dólar recuou brevemente pela manhã, acompanhando a queda da moeda americana no mercado externo, mas o real apresentou desempenho inferior ao de outras moedas emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Durante a tarde, a moeda americana ganhou força e chegou a registrar alta modesta, atingindo R$ 5,8213, antes de voltar a cair no fechamento, com a cotação final de R$ 5,8055. O movimento reflete uma combinação de fatores locais e internacionais, como a evolução da política fiscal brasileira e o comportamento do dólar no mercado global.
No cenário externo, o dólar teve queda generalizada frente a outras moedas fortes e divisas de países exportadores de commodities. Analistas destacam a nomeação de Scott Bessent para o cargo de secretário do Tesouro dos EUA, o que ajudou a aliviar temores sobre o aumento do déficit público americano e resultou em uma correção nos ganhos da moeda americana. Além disso, a valorização de moedas como o florim húngaro e o shekel israelense também foi notada, impulsionada por fatores políticos e econômicos regionais.