O dólar encerrou a sessão desta terça-feira (26) com leve alta de 0,04%, cotado a R$ 5,8081, após atingir a máxima de R$ 5,8285. Apesar do cenário internacional desfavorável para economias emergentes e do fortalecimento global do dólar, o real mostrou resiliência. A moeda brasileira foi beneficiada pela expectativa de um pacote de cortes de gastos do governo e pelo fato de o Brasil não ter sido incluído nas novas medidas protecionistas anunciadas pelo presidente eleito dos Estados Unidos.
No exterior, o índice DXY, que mede a performance do dólar frente a outras moedas, voltou a subir, superando 107.000 pontos, impulsionado por promessas de tarifas adicionais sobre importações da China, México e Canadá. Embora a ata do Federal Reserve não tenha trazido grandes mudanças no mercado, a política econômica americana, considerada inflacionária, pode limitar o espaço para cortes de juros no futuro próximo, gerando impacto nas moedas emergentes.
No Brasil, o governo finalizou uma proposta de contenção de despesas, embora ainda precise de aprovação parlamentar. Analistas apontam que, com a taxa de câmbio já elevada, o mercado demonstrou pouco apetite por novas apostas de desvalorização do real. Enquanto isso, a desvalorização de outras moedas emergentes, como o peso mexicano, evidenciou o impacto negativo do atual cenário global de fortalecimento do dólar.