O empresário de São Paulo, de 38 anos, foi morto com dez tiros na área de desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em plena luz do dia. Investigações apontam que ele colaborava com o Ministério Público em um acordo de delação premiada, comprometendo-se a fornecer informações sobre crimes financeiros e operações envolvendo uma facção criminosa e agentes policiais. Câmeras de segurança registraram o momento da execução, revelando que dois homens encapuzados desceram de um veículo e dispararam pelo menos 29 vezes contra a vítima, que tentou fugir mas foi fatalmente atingida.
O empresário havia solicitado proteção ao Ministério Público e chegou a contratar seguranças particulares, mas, no momento do crime, esses policiais militares não estavam presentes. A alegação dos seguranças foi de que um problema mecânico com o carro impediu a chegada deles ao aeroporto. Essa versão, no entanto, é alvo de suspeitas por parte das autoridades, que consideram possível uma falha proposital no esquema de segurança. Os policiais envolvidos na escolta, assim como outros elementos relacionados, estão sendo investigados para esclarecer as circunstâncias do incidente.
A Polícia Federal também decidiu iniciar uma investigação, considerando a gravidade do atentado, o local e horário em que ocorreu e o possível envolvimento de agentes de segurança. As autoridades visam esclarecer se o crime teve apoio interno, além de investigar se a execução foi uma represália da facção.