O ex-presidente Jair Bolsonaro rejeitou, nesta segunda-feira (25), as acusações de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado, que teria sido orquestrado por aliados e membros das Forças Armadas após as eleições de 2022. Em declarações à imprensa, Bolsonaro afirmou que a palavra “golpe” nunca fez parte de seu vocabulário e que, desde sua posse em 2019, enfrentou acusações semelhantes sem fundamento. Ele também destacou que sempre buscou agir dentro dos limites da Constituição para resolver os problemas do Brasil.
A Polícia Federal indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas, incluindo ex-ministros e membros do Exército, por crimes relacionados ao golpe de Estado, organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O indiciamento decorre de investigações que revelaram áudios em que militares discutiam o suposto plano, mencionando o ex-presidente como um dos informados sobre as ações. Bolsonaro se defendeu, alegando que os áudios vazados o ofenderam e reiterando que nunca agiria fora dos “limites” da Constituição.
Em sua entrevista, Bolsonaro reafirmou que sempre procurou atuar dentro dos parâmetros legais, e que acredita ser possível solucionar os problemas do país sem recorrer a medidas extralegais. O ex-presidente se manifestou no Aeroporto Internacional de Brasília, após desembarcar na capital federal. A situação segue sendo acompanhada de perto pelas autoridades, e a investigação ainda está em andamento.