O ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou publicamente sobre o indiciamento que recebeu da Polícia Federal por envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Ele afirmou, em entrevista ao chegar ao aeroporto de Brasília, que nunca discutiu qualquer possibilidade de golpe com outras pessoas e que, caso alguém lhe apresentasse tal ideia, questionaria as consequências de uma ação desse tipo para o Brasil. Bolsonaro também ressaltou que, em sua visão, a hipótese de um golpe seria uma “loucura” devido aos graves prejuízos que isso traria ao país.
O ex-presidente detalhou sua posição sobre o assunto, afirmando que as medidas dentro dos limites da Constituição foram sempre seu foco e que, mesmo em cenários adversos, ele buscou alternativas legais e institucionais. Ao falar sobre os rumores de um possível golpe, Bolsonaro argumentou que qualquer tentativa de ruptura com a ordem democrática prejudicaria não apenas a estabilidade interna, mas também as relações internacionais do Brasil, o que resultaria em “barreiras” e dificuldades econômicas significativas. Ele também questionou a lógica de uma ação golpista envolvendo militares, considerando que tal movimento deveria ser direcionado contra uma autoridade já empossada, o que não seria o caso após sua saída do cargo.
Além de Bolsonaro, a Polícia Federal indiciou 36 outras pessoas, incluindo militares e ex-ministros de seu governo, em uma investigação relacionada a movimentações golpistas que teriam ocorrido após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva. O indiciamento não implica em condenação, e o processo jurídico ainda está em andamento, o que deixa o desfecho da investigação indefinido. A situação segue acompanhada de perto por autoridades e pelo público, dada a gravidade das acusações e o impacto potencial para a política e a governança no país.