O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou, em coletiva de imprensa, que jamais considerou um golpe de Estado após as eleições de 2022. Segundo ele, todas as ações que avaliou estavam dentro dos limites da Constituição, e nunca houve discussão sobre a possibilidade de um golpe. Bolsonaro explicou que estudou as alternativas previstas pela lei, incluindo o estado de defesa, mas que nenhuma medida foi concretizada, pois não havia uma solução viável para a situação de insatisfação que existia no Brasil naquele momento.
O ex-presidente também negou ter participado de qualquer plano relacionado a um golpe de Estado, mencionando que a palavra “golpe” nunca fez parte de seu vocabulário. Em resposta às investigações da Polícia Federal, que o indiciaram junto com outros envolvidos, Bolsonaro declarou não ter conhecimento sobre o suposto plano golpista. Ele destacou que, apesar de ter analisado os meios legais, não tomou nenhuma ação concreta nem convocou medidas extraordinárias, como a declaração de estado de sítio.
O estado de sítio, previsto pela Constituição, é uma medida excepcional que pode ser decretada pelo presidente em casos de grave comoção nacional ou agressão armada. Embora seja uma prerrogativa do presidente, a medida exige aprovação do Congresso Nacional e não pode durar mais de 30 dias, sem possibilidade de prorrogação. A investigação da Polícia Federal, que inclui gravações de conversas sobre um possível plano golpista, segue em andamento, mas o ex-presidente reafirmou que não esteve envolvido em qualquer ação que caracterizasse a tentativa de subverter o processo democrático.