Um ex-policial foi considerado culpado por um tribunal federal dos Estados Unidos por seu papel na morte de uma jovem negra que se tornou símbolo do movimento antirracista. O júri em Louisville, Kentucky, decidiu que o ex-agente violou os direitos civis da vítima, enquanto sua absolvição em tribunais locais em 2022, por crimes não relacionados à morte, reacendeu a sensação de injustiça entre ativistas e a comunidade local. A sentença final deve ser anunciada em março.
A morte da jovem ocorreu em março de 2020, quando policiais invadiram sua residência durante a noite em uma investigação de tráfico de drogas. A situação se agravou quando seu namorado, pensando que se tratavam de ladrões, disparou, levando os policiais a responderem com tiros que resultaram na morte da jovem. Inicialmente, a tragédia não recebeu ampla atenção, mas ganhou destaque após o assassinato de outra vítima negra em maio de 2020, tornando-se um ponto focal em protestos contra o racismo nos Estados Unidos.
Além da condenação do ex-policial, uma investigação federal de março de 2023 revelou práticas abusivas e discriminatórias dentro da polícia de Louisville. O Departamento de Justiça criticou a aplicação excessiva da força e outras ações seletivas contra a população negra, ressaltando a necessidade de reforma nas abordagens policiais e o tratamento de minorias. A morte da jovem e o subsequente julgamento do ex-policial evidenciam as complexidades e os desafios enfrentados na luta contra o racismo sistêmico e a violência policial.