Em um relatório da Polícia Federal (PF), o ex-ajudante de ordens de um ex-presidente foi implicado em uma troca de mensagens que discutia o planejamento de um golpe de Estado para manter o poder após a derrota nas eleições de 2022. Durante as conversas, o ex-militar fez referência ao golpe de 1964, afirmando que, naquele momento, não foi necessário qualquer tipo de formalização para sua realização. A mensagem foi apreendida durante investigações e anexada ao processo entregue à Procuradoria-Geral da República.
As mensagens indicam que os envolvidos discutiam a falta de apoio das Forças Armadas para a execução da ruptura institucional. Em um dos trechos, um dos interlocutores lamenta a falta de ação, referindo-se à situação de 1964 como um momento em que “bastou um único movimento para desencadear a revolta”. As conversas também revelam tentativas de ocultação de provas, como o apagamento de áudios considerados sensíveis.
Caso sejam formalmente acusados, os investigados poderão responder por crimes relacionados a golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa, com penas que podem atingir até 28 anos de prisão. O caso segue sob investigação, com novos desdobramentos possíveis nas próximas semanas.