O ataque ocorrido em 13 de novembro de 2024, na Praça dos Três Poderes, em Brasília, teve como autor um homem que, desde 2022, nutria intenções violentas contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em depoimento à Polícia Federal, a ex-companheira do autor revelou que ele tinha o desejo de eliminar qualquer um dos nove ministros da Corte e já havia se hospedado em Brasília no ano passado para observar a movimentação local. Durante esse período, ela tentou dissuadi-lo das suas ideias violentas, pedindo-lhe que pensasse no filho e na mãe, o que levou o homem a retornar para Santa Catarina por um tempo.
Ainda segundo a ex-companheira, ele se mudou para Brasília no início de 2024 e se manteve isolado, confiando apenas nela, o que a levou a crer que o plano seria executado sozinho. Durante a investigação, foi descoberta uma casa alugada em Ceilândia, onde mais artefatos explosivos foram encontrados, incluindo uma gaveta que causou uma explosão quando aberta. Daiane Dias, no entanto, afirmou que não tinha conhecimento sobre os explosivos e que seu ex-companheiro nunca mencionou tais planos a ela, embora tenha revelado que seu alvo específico era um ministro do STF.
O autor do atentado morreu após a explosão do carro em frente ao STF. De acordo com as informações da Polícia Federal, Francisco Wanderley Luiz havia se dedicado a um planejamento minucioso e atuava de forma solitária, sem envolver outros possíveis cúmplices. Nos meses em que esteve em Brasília, o autor também foi descrito como alguém desconfiado e determinado, o que dificultava qualquer tentativa de intervenção externa. A investigação segue em andamento, com novas pistas sendo levantadas sobre os detalhes do ataque e os possíveis desdobramentos dessa ação.