Aos 67 anos, uma ex-atleta paralímpica de bocha adaptada enfrenta uma batalha por atendimento médico especializado após sofrer infartos e apresentar obstruções coronárias severas. Após um primeiro infarto em junho, onde exames detectaram obstruções de 80% em duas artérias, a idosa passou a ser monitorada, mas a situação piorou no final de outubro, culminando em uma obstrução de 95% e sua internação em coma induzido. A família busca, desde então, uma vaga em unidade de terapia intensiva (UTI) com suporte cardiológico, enfrentando dificuldades para obter o atendimento necessário.
A situação gerou indignação na família, que relata sentir-se desamparada pelo sistema de saúde local, acusando uma possível seletividade no atendimento dos casos. Mesmo após tentativas de transferência para a Santa Casa de Santos, a idosa acabou mantida em unidades menos especializadas, agravando a frustração dos parentes. A condição da paciente, que inclui sequelas de poliomielite e uma anatomia cardíaca que dificulta procedimentos convencionais como a angioplastia, eleva a complexidade do caso e aumenta a urgência de um atendimento mais especializado.
Em resposta, a Secretaria de Saúde de Santos afirma que está buscando um leito com suporte cardiológico nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Especialistas em cardiologia explicam que casos como o da ex-atleta necessitam de intervenções como angioplastias ou, em casos mais graves, cirurgias como a ponte de safena. A família permanece na esperança de que um hospital referência acolha a paciente, oferecendo um tratamento adequado para sua condição crítica.