O Samba de São Lázaro, evento semanal gratuito realizado às sextas-feiras no Largo da Igreja de São Lázaro, em Salvador, teve seu encerramento definitivo anunciado pela organização. Em nota divulgada nas redes sociais, os organizadores lamentaram o fim da celebração, destacando o preconceito e as dificuldades enfrentadas ao longo de três anos de realização contínua. A decisão ocorreu em meio a críticas ao que chamam de “manobras e articulações” que dificultam iniciativas culturais populares.
A organização relatou perseguições que incluem denúncias feitas por moradores e autoridades, alegando poluição sonora e transtornos na região. Tais denúncias teriam gerado ações como operações policiais, reboque de veículos e aplicação de multas, afetando diretamente os vendedores ambulantes que dependiam do evento. Como alternativa, o samba passou por mudanças de horário para atender às reclamações, mas as restrições não foram suficientes para garantir sua continuidade.
Os organizadores expressaram gratidão ao público pelo apoio e divulgaram um abaixo-assinado para tentar reverter a situação. Além disso, apelaram às secretarias de Cultura e Turismo e à ministra da Cultura para viabilizar o retorno do evento. Apesar dos desafios, o caso reflete um debate mais amplo sobre o espaço para manifestações culturais populares e a convivência com as demandas urbanas.