A Eve, subsidiária da Embraer, está preparando os céus dos grandes centros urbanos para a chegada dos eVTOLs, prevista para 2026. Em parceria com a Revo, empresa de táxi aéreo, realizou testes do sistema Vector, que automatiza o gerenciamento do tráfego aéreo. O software promete melhorar a organização do espaço aéreo, evitar congestionamentos e reduzir custos operacionais, trazendo mais segurança e eficiência às operações, atualmente feitas de forma manual com helicópteros.
O Vector deve se tornar a primeira fonte de receita da Eve, com comercialização prevista para 2025. A solução funciona tanto para eVTOLs quanto para helicópteros, criando novas oportunidades de negócios com provedores de serviços de mobilidade aérea urbana e futuros vertportos. Os testes consideraram cenários complexos, como condições climáticas adversas e rotas alternativas, demonstrando que o sistema pode trazer benefícios significativos à medida que o tráfego aéreo aumente com o uso de carros voadores.
A Eve projeta que, até 2035, centenas de eVTOLs estejam operando em São Paulo, com conexões em mais de 30 pontos. A primeira fábrica da empresa será instalada em Taubaté, no interior paulista, e terá capacidade para produzir até 480 aeronaves por ano. O CEO da Revo acredita que os custos de operação diminuirão ao longo do tempo, tornando o serviço mais acessível, embora o investimento inicial seja elevado. A expectativa é que as viagens de eVTOL custem aproximadamente duas vezes o preço de uma corrida de carro por aplicativo, democratizando gradualmente o acesso ao transporte aéreo urbano.