Os Estados Unidos intensificaram suas ações contra o governo de Nicolás Maduro, reconhecendo Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela. Além disso, um novo projeto de lei, denominado Bolívar, foi aprovado na Câmara dos Representantes, proibindo contratos com pessoas ou empresas que mantenham relações comerciais com o governo venezuelano considerado ilegítimo. A medida, que ainda aguarda aprovação no Senado e sanção presidencial, reflete o consenso bipartidário nos EUA sobre a necessidade de pressionar Caracas.
A reação do governo venezuelano foi enfática, acusando os Estados Unidos de violar a Carta da ONU e adotar políticas unilaterais que dificultam a cooperação econômica entre os dois países. Apesar das críticas, analistas apontam que o impacto prático dessa nova legislação será limitado, uma vez que sanções semelhantes já estão em vigor. Contudo, a medida sinaliza uma possível ampliação da política de sanções, especialmente diante da vitória de Donald Trump e a nomeação de figuras conhecidas por sua postura rígida em relação à Venezuela.
A iniciativa legislativa se soma a outras propostas em trâmite no Congresso americano, incluindo a revogação de licenças para empresas operarem na Venezuela e a reafirmação de sanções financeiras contra instituições estratégicas do país. Essas ações refletem um esforço contínuo de endurecimento da política externa dos EUA, com foco em pressionar o governo venezuelano e reforçar a solidariedade aos opositores do regime. Analistas esperam que as sanções existentes sejam mantidas e possivelmente ampliadas, acompanhadas por uma retórica mais dura e políticas menos conciliatórias.