O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou recentemente o uso de mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA pela Ucrânia dentro do território da Rússia, uma medida que ocorre em um contexto de intensificação do conflito entre os dois países. A autorização é vista como uma resposta ao apoio militar crescente da Coreia do Norte à Rússia, com tropas norte-coreanas sendo deslocadas para a região de Kursk, no sul da Rússia. A medida visa ajudar a Ucrânia a manter o controle sobre essa área, que é estratégica para o futuro das negociações de paz.
A decisão sobre o uso dos mísseis ATACMS, que estavam sendo considerados há meses pelas autoridades americanas, foi tomada após intensas discussões internas nos EUA. Embora inicialmente houvesse receio sobre a escalada do conflito, Biden autorizou o fornecimento dos mísseis à Ucrânia em abril, com a condição de que fossem usados no território ucraniano. No entanto, o governo ucraniano solicitou uma autorização para atacar alvos dentro da Rússia, o que foi discutido em uma reunião entre Biden e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em setembro, sem uma definição imediata sobre a questão.
A autorização de Biden para o uso dos mísseis de longo alcance representa um aumento na pressão sobre a Rússia, enquanto Zelensky reagiu com firmeza, afirmando que os mísseis “falarão por si mesmos”. A medida é considerada essencial para que a Ucrânia consiga avançar em sua contra-ofensiva e manter a região de Kursk, ao mesmo tempo em que os EUA se preparam para os desdobramentos que podem vir com a crescente participação de militares estrangeiros no conflito.