O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Joe Biden, autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos EUA contra as forças russas e norte-coreanas, uma medida que estava vetada até o momento. A decisão surge após o envio de tropas da Coreia do Norte para apoiar a Rússia na guerra, o que elevou as tensões no conflito. Esses mísseis serão empregados principalmente na região de Kursk, no oeste da Rússia, onde as forças ucranianas enfrentam tanto os russos quanto os soldados norte-coreanos.
A mudança de postura do governo americano representa uma escalada no apoio à Ucrânia, especialmente após a intensificação das hostilidades desde maio de 2024. Até agora, o uso desses armamentos pelos ucranianos foi evitado, já que o governo russo considera tal ação como uma ampliação significativa do conflito, com ameaças de represálias, incluindo a possibilidade de testes nucleares. A retirada da restrição de uso ocorre em um contexto de aumento das tensões globais, com novos desafios envolvendo a Rússia e a Coreia do Norte.
A decisão também vem em um momento delicado para a política interna dos Estados Unidos, onde a oposição, liderada por figuras como o ex-presidente Donald Trump, critica o apoio contínuo à Ucrânia, prometendo acabar com o conflito rapidamente, caso retorne ao poder. No entanto, a permissão para o uso dos mísseis é vista como parte de uma estratégia mais ampla de defesa da Ucrânia contra a agressão russa, e o Pentágono já indicou que não haverá mais limitações quanto ao tipo de armamento que os ucranianos poderão utilizar.