O governo dos Estados Unidos anunciou, no domingo (17), um pacote de ajuda direcionado à conservação da Amazônia, em alinhamento com seu programa de combate às mudanças climáticas. A medida inclui o financiamento de iniciativas voltadas para a preservação ambiental, como o apoio a projetos de reflorestamento, bioeconomia e combate a atividades ilegais, como mineração e extração ilegal de madeira. Durante sua visita a Manaus, o presidente Joe Biden reforçou o compromisso dos EUA com a proteção da Amazônia, anunciando uma série de parcerias bilaterais com organizações e empresas brasileiras. O investimento anunciado inclui doações significativas, como US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, e o lançamento de uma coalizão para arrecadar até US$ 10 bilhões até 2030.
Parte dos investimentos será canalizada através de instituições financeiras dos EUA, como a Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional (DFC) e o Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exim), com aportes para projetos de conservação e apoio a comunidades locais. O pacote também inclui a implementação de tecnologias para monitoramento de atividades ilegais na região e o financiamento de iniciativas de capacitação para combater incêndios florestais, com foco especial em brigadas indígenas e mulheres. As ações visam, entre outros objetivos, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e melhorar a biodiversidade da região amazônica, fortalecendo políticas de preservação que já estão em andamento no Brasil.
A iniciativa recebeu apoio de diversos grupos ambientais, que destacaram a importância do Fundo Amazônia como uma ferramenta crucial para o combate ao desmatamento e à ilegalidade na região. A proposta dos EUA foi considerada positiva, com especialistas apontando que os investimentos podem consolidar as políticas públicas de proteção da Amazônia e promover uma economia de sustentabilidade, em vez de destruição. Apesar das dificuldades enfrentadas por iniciativas de preservação, a chegada de novos recursos e parcerias representa um avanço para o fortalecimento de práticas que visam a redução do desmatamento e a promoção de alternativas econômicas sustentáveis para as populações locais.