O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou acusações federais contra três indivíduos suspeitos de participação em uma suposta conspiração para assassinar o ex-presidente Donald Trump antes das próximas eleições presidenciais. De acordo com documentos apresentados pela acusação, Farhad Shakeri teria sido instruído por autoridades iranianas a monitorar e preparar um plano de ataque contra Trump. O acusado permanece foragido no Irã, enquanto os outros dois suspeitos foram detidos em Nova York sob acusações de colaboração com o governo iraniano em atividades de vigilância de um cidadão americano.
Segundo as investigações, Shakeri, associado ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, teria inicialmente sido incumbido de realizar outros ataques direcionados a cidadãos americanos e israelenses nos EUA. No entanto, ordens diretas dadas em outubro deste ano mudaram seu foco para Trump, com um prazo de sete dias para o planejamento do ataque. As autoridades iranianas teriam manifestado a intenção de adiar qualquer ação até após a eleição, caso o acusado não cumprisse o prazo, acreditando que Trump poderia ser derrotado nas urnas.
Os promotores ressaltaram que essa ameaça se insere em uma crescente preocupação de segurança dos EUA em relação a retaliações do Irã por ações passadas, incluindo o ataque de drones que matou o general iraniano Qasem Soleimani em 2020. Autoridades americanas, como o procurador-geral Merrick Garland e o diretor do FBI, Christopher Wray, reiteraram a gravidade da ameaça representada por operações do Irã dentro dos EUA, destacando os esforços para impedir ações que visem a segurança nacional e a integridade dos cidadãos americanos.