Uma pesquisa conduzida pelo Instituto do Coração (InCor), em parceria com o Centro de Vigilância Sanitária, revelou dados preocupantes sobre o impacto dos cigarros eletrônicos na saúde dos jovens em São Paulo. Usuários frequentes dessas substâncias apresentaram, em média, até seis vezes mais nicotina no sangue do que fumantes de cigarros convencionais de longa data. O estudo destacou também a alta dependência gerada em pouco tempo, agravada pela inalação de metais pesados e partículas tóxicas.
Os resultados apontam uma ligação direta entre o uso de cigarros eletrônicos e o surgimento de problemas pulmonares graves, sintomas respiratórios, como asma, e transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Essa relação é reforçada pelo uso contínuo de dispositivos que mascaram o desconforto comum dos cigarros tradicionais, tornando o hábito mais acessível e perigoso. Apesar da proibição de sua comercialização pela Anvisa, o acesso aos dispositivos ainda é fácil, evidenciando desafios na fiscalização.
Especialistas alertam que o impacto à saúde dos usuários de cigarros eletrônicos é mais severo do que se pensava, especialmente entre jovens que buscam tratamento para abandonar o vício. Os dados reforçam a urgência de ampliar as campanhas de conscientização e as ações regulatórias para combater os riscos associados ao consumo desses produtos.