Os efeitos do álcool sobre a saúde do coração são amplamente reconhecidos, especialmente em relação ao consumo excessivo, que pode resultar em insuficiência cardíaca e aumentar o risco de infartos. Um estudo recente, publicado na revista European Heart Journal, demonstrou que a ingestão excessiva de álcool está associada a arritmias cardíacas, mesmo após o término do consumo. Durante o monitoramento de jovens em festas, mais de 5% dos participantes apresentaram alterações preocupantes no ritmo cardíaco, principalmente na fase de recuperação, quando o organismo ainda processa os efeitos do álcool.
Os pesquisadores utilizaram monitores de eletrocardiograma portáteis para observar o ritmo cardíaco dos participantes ao longo de 48 horas, dividindo o monitoramento em quatro fases: início, consumo, recuperação e controle. Durante o consumo, os batimentos cardíacos frequentemente ultrapassaram 100 por minuto, enquanto na fase de recuperação, as arritmias tornaram-se mais frequentes, sugerindo que os efeitos adversos do álcool no coração podem ser duradouros.
As arritmias cardíacas, que incluem batimentos acelerados, lentos ou irregulares, podem ser benignas ou malignas, representando riscos variados à saúde. O consumo excessivo de álcool pode irritar o músculo cardíaco e desregular os sais do sangue, levando a complicações significativas a longo prazo, como dilatação e disfunção cardiovascular. Os especialistas alertam que a presença de arritmias recorrentes pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral e morte súbita, reforçando a importância de um consumo moderado de álcool para preservar a saúde cardíaca.