A incontinência urinária, uma condição caracterizada pela perda involuntária de urina, afeta homens e mulheres, embora seja mais prevalente no sexo feminino devido a fatores como gravidez e parto. Nos homens, as principais causas incluem tratamentos para câncer de próstata e a bexiga hiperativa. Apesar disso, a maioria dos homens ignora os primeiros sintomas, como perda de urina ao tossir ou rir, vontade súbita de urinar e enurese noturna. Especialistas destacam que a condição não deve ser normalizada, pois há opções de tratamento disponíveis.
Uma pesquisa realizada com 238 homens apontou que apenas 17% buscam ajuda médica ao notarem os primeiros sinais de incontinência urinária. Mesmo reconhecendo sintomas como roupas íntimas úmidas ou dificuldade em conter a urina até o banheiro, muitos recorrem a soluções improvisadas, como o uso de papel higiênico ou absorventes femininos. Além disso, o estudo revelou que 31% dos entrevistados realizam exame de próstata anualmente, enquanto 33% nunca fazem esse tipo de avaliação, refletindo desafios relacionados ao cuidado com a saúde masculina.
Os resultados indicam a necessidade de educar a população masculina sobre a importância de identificar os sinais precoces e procurar orientação médica. Embora o tabu em relação ao tema persista, o público masculino não demonstra resistência em dialogar com profissionais de saúde ou parceiras sobre a questão. Campanhas como o Novembro Azul têm um papel crucial para reforçar a conscientização e melhorar a qualidade de vida dos homens afetados pela incontinência urinária.