Um levantamento do Instituto Fogo Cruzado aponta que, nos últimos oito anos, pelo menos 156 pessoas foram baleadas no transporte público da região metropolitana do Rio de Janeiro, resultando em 56 mortes e 100 feridos. Somente em 2024, já foram registrados 14 casos de pessoas atingidas. Esses números ilustram um cenário de insegurança, amplificado por frequentes tiroteios em operações policiais e conflitos entre facções criminosas, que impactam tanto as áreas periféricas quanto as vias de circulação próximas.
O estudo também destaca que, das 156 vítimas identificadas, 40 foram atingidas durante ações policiais, sendo 12 fatais. Especialistas questionam a eficácia dessas operações, uma vez que elas colocam em risco não apenas os envolvidos, mas também civis que circulam nas imediações. A constante presença de confrontos armados gera uma sensação de vulnerabilidade generalizada, com os moradores do Rio enfrentando um ambiente marcado por balas perdidas e uma lógica de combate territorial.
Além disso, o número de vítimas de balas perdidas na Região Metropolitana do Rio em 2024 já soma 93, com 20 mortes e 73 feridos. A comparação com anos anteriores revela um aumento significativo na frequência e na gravidade dos episódios de violência armada, afetando diversas comunidades. Este cenário é alarmante e sugere a necessidade urgente de uma abordagem mais eficaz e humanizada nas políticas de segurança pública.