O processo de envelhecimento capilar, que leva ao surgimento dos fios grisalhos, está intimamente ligado à diminuição da produção de melanina nos folículos capilares. À medida que envelhecemos, as células-tronco responsáveis pela produção de pigmento se tornam menos ativas, o que resulta no afinamento dos fios e na perda da cor. Embora a genética seja o principal fator que determina o início do embranquecimento, o estresse pode acelerar esse processo. O estresse oxidativo, causado por um desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes no corpo, pode danificar as células responsáveis pela produção de melanina, acelerando a transição para os cabelos grisalhos ou brancos.
Além do envelhecimento natural, fatores ambientais como a exposição ao sol, poluição e o tabagismo também contribuem para o aumento do estresse oxidativo. Cientistas demonstraram que eventos estressantes podem ser relacionados à perda de pigmentação em fios de cabelo, especialmente em pessoas mais jovens, cujas células-tronco ainda têm capacidade de produzir melanina. Porém, após a superação do estresse, o cabelo pode retomar a sua cor original, caso a atividade das células não tenha sido permanentemente comprometida. Vale ressaltar que o uso de tinturas permanentes pode agravar o processo de envelhecimento capilar, devido à reação química que danifica os melanócitos.
A aparência do cabelo grisalho varia de pessoa para pessoa, dependendo da quantidade e do tipo de melanina presente. Enquanto os cabelos de pessoas com tons escuros tendem a ficar cinza, aqueles com cabelos ruivos tendem a desbotar para o tom loiro ou prateado. Apesar disso, o cuidado com a saúde, a redução do estresse e a manutenção de uma dieta rica em nutrientes como vitamina B12, ferro e zinco podem ajudar a retardar o processo de envelhecimento capilar. A genética, no entanto, permanece o principal determinante da idade em que os cabelos começam a perder a cor.