Estudantes de uma escola pública em Franca, São Paulo, desenvolveram um método simples e eficiente para identificar a adulteração de bebidas com substâncias químicas perigosas, como aquelas usadas no golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela”. O protótipo consiste em uma fita de papel que muda de cor ao entrar em contato com alcaloides, substâncias presentes em drogas frequentemente utilizadas para dopar vítimas. O objetivo do projeto é oferecer um recurso prático e não invasivo para detectar essas substâncias, alertando os consumidores sobre possíveis riscos.
A pesquisa foi conduzida com a supervisão de professores especializados em biologia e neurociência, sendo inspirada por uma experiência cotidiana de uma das alunas. Após três meses de testes com seis tipos de bebidas diferentes, os estudantes conseguiram desenvolver uma fita que reage mudando para um tom de laranja vivo, sinalizando a presença de substâncias adulterantes. O grupo agora se dedica à publicação de um artigo científico e à solicitação de patente, visando ampliar o alcance do método e sua aplicação prática.
Com planos de participar da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) em 2025, os jovens pesquisadores buscam reconhecimento para a ideia e sonham em vê-la acessível ao público por meio de redes públicas de saúde ou do mercado. O projeto reforça a importância da ciência aplicada em questões sociais e a capacidade de inovação de estudantes de escolas públicas brasileiras.