No dia 3 de novembro, Thierry Muniz Soares, um estudante de 17 anos do Rio de Janeiro, foi assaltado a poucos metros da escola onde faria a primeira prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Durante o assalto, ele teve sua mochila roubada, incluindo documentos essenciais, pouco antes de se dirigir para o local da prova, que ocorreria no bairro do Maracanã. Apesar de ter solicitado a ajuda de seu pai, que levou uma cópia autenticada de sua identidade, o coordenador da prova não aceitou o documento, impedindo Thierry de participar do exame.
A situação se agravou quando, ao tentar explicar o ocorrido a um policial militar que estava presente no local, a solução não foi encontrada. O estudante foi informado de que não poderia realizar a prova sem o documento original. Embora Thierry tenha registrado um boletim de ocorrência, a situação foi ainda mais frustrante para ele e seu pai, pois, mesmo após a perda dos documentos, eles receberam a notícia de que não seriam aceitos boletins de ocorrência nem cópias autenticadas para autorizar a participação na reaplicação.
Com o sonho de cursar design gráfico ameaçado, Thierry ainda conseguiu realizar a segunda prova do Enem, mas sem as notas do primeiro dia. A família recorreu ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) solicitando uma reaplicação da prova perdida, mas a solicitação foi negada, já que o regulamento do Enem não prevê exceções para a falta de documentos no dia da prova. A situação ilustra as dificuldades enfrentadas por muitos estudantes que, apesar de se prepararem com esforço para o exame, são afetados por circunstâncias imprevistas.