A volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em 2024 marca uma vitória expressiva no Colégio Eleitoral e possivelmente também no voto popular, um feito que não ocorria desde George W. Bush em 2004. Com uma estratégia de comunicação bem delineada, Trump baseou sua campanha em temas de grande apelo junto aos eleitores, como imigração e inflação, destacando o aumento do custo de vida e evocando nostalgia ao mencionar tempos de maior estabilidade econômica.
A vitória de Trump se consolidou com o apoio de um Senado de maioria republicana, proporcionando-lhe um cenário mais favorável para implementar políticas sem grandes barreiras legislativas. Entre suas principais promessas estão cortes de impostos e o aumento de tarifas para produtos importados, numa tentativa de impulsionar a produção nacional e reaquecer a economia. Essa abordagem coloca a economia no centro de sua administração, em resposta às insatisfações do eleitorado com os efeitos econômicos da pandemia.
Além disso, Trump evitou temas identitários e buscou dialogar diretamente com eleitores de diversos perfis, distanciando-se da retórica dos grupos específicos adotada pelos democratas. Apresentando-se como um candidato fora do sistema, ele capturou o apoio daqueles que buscam uma ruptura com o establishment político. Esse posicionamento antissistema, mesmo após seu histórico como ex-presidente, ajudou a solidificar sua base e a conquistar votos decisivos para o seu retorno à Casa Branca.