Pelo menos 11 estados brasileiros enfrentam desabastecimento de vacinas essenciais, segundo levantamento realizado entre 11 e 18 de novembro. Entre os imunizantes em falta estão vacinas contra Covid-19, varicela, febre amarela, tríplice viral, HPV e DTP. As secretarias estaduais de saúde apontam que a falta de doses tem comprometido a cobertura vacinal, impactando diretamente a prevenção de doenças. Estados como Mato Grosso, Minas Gerais e Pernambuco relataram déficits graves, estimando a necessidade de milhares de doses para regularizar os estoques.
O Ministério da Saúde, em nota, nega a falta de vacinas e atribui os problemas a desafios pontuais de logística, produção global limitada e substituição de imunizantes. A pasta informou que adotou medidas para evitar desperdícios e recuperar vacinas próximas ao vencimento herdadas da gestão anterior. Além disso, esforços como novas compras e parcerias internacionais têm sido implementados para normalizar o abastecimento até 2025, com a distribuição de algumas vacinas já regularizada.
Especialistas alertam que a escassez de vacinas em diversas regiões do país agrava a queda na cobertura vacinal, uma tendência já observada em anos recentes. Além de problemas de produção e distribuição, campanhas de desinformação têm reduzido a adesão às campanhas de imunização, aumentando os riscos de surtos de doenças. Para superar esses desafios, é necessário fortalecer o sistema de monitoramento, revisar contratos e agilizar processos de aquisição e distribuição, segundo o Conselho Nacional de Secretários de Saúde.