A entrega dos caças Gripen E/F para a Força Aérea Brasileira (FAB), um projeto estratégico de defesa nacional, enfrenta atrasos devido a restrições orçamentárias. O contrato, assinado em 2014 entre a FAB e a Saab, previa a entrega de 36 aeronaves até 2027. Contudo, uma fonte governamental indicou que a entrega da última unidade pode ser postergada para o início da próxima década, considerando a atual renegociação de prazos para adequação ao orçamento disponível.
Até o momento, a FAB recebeu apenas oito unidades do modelo E, enquanto as unidades do modelo F, de dois assentos para treinamentos, ainda não foram entregues. A defasagem entre o orçamento inicialmente previsto e o disponível para o projeto levou à necessidade de ajustes no cronograma. A situação também expõe limitações operacionais, uma vez que a frota de caças F-5 da FAB está próxima do fim de sua vida útil, elevando o risco para pilotos e segurança civil, conforme observadores especializados apontam.
Com as restrições orçamentárias, a FAB considera a possibilidade de aquisição de caças usados, como modelos Gripen C/D e F-16 de segunda mão, como alternativa mais acessível para substituir os F-5. Essa medida poderia suprir a necessidade de reforço na defesa aérea com um custo significativamente menor do que o de novas aeronaves. No entanto, a FAB esclareceu que ainda não há definição sobre a compra de aeronaves de segunda mão, afirmando que as alternativas estão sob análise criteriosa.