Residentes de uma vila na Coreia do Sul, próxima à fronteira com a Coreia do Norte, têm enfrentado intensos ruídos emitidos por alto-falantes norte-coreanos, que operam até 24 horas por dia. Os sons, descritos como uivos, rangidos e gritos, têm causado estresse e insônia na comunidade local desde julho, quando as tensões entre os países aumentaram. A deterioração das relações bilaterais, marcada por trocas de propaganda e ações retaliatórias, intensificou a guerra psicológica na região.
Na vila de Dangsan, localizada a apenas 1 km da fronteira, os moradores relatam um clima de desespero e vulnerabilidade diante do que chamam de “bombardeio sonoro”. O governo sul-coreano retomou recentemente transmissões de propaganda, o que levou o Norte a aumentar ainda mais o volume de seus alto-falantes. Sem soluções práticas, muitos habitantes, especialmente os mais idosos, sentem-se abandonados e impotentes frente ao impacto contínuo dessa guerra não convencional.
Com o isolamento dentro de suas casas como única alternativa para escapar do barulho, os moradores clamam por uma resposta mais eficaz do governo para mitigar os efeitos desse conflito sonoro. O caso evidencia como as tensões políticas entre as Coreias têm consequências diretas e profundas na vida cotidiana das comunidades fronteiriças, gerando frustração e uma crescente sensação de abandono.