Três civis foram mortos e cinco soldados da ONU ficaram feridos em bombardeios israelenses realizados no sul do Líbano nesta quinta-feira (7), em um contexto de crescente violência na região. Um ataque ocorreu próximo aos templos históricos de Baalbek, e também afetou um comboio da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), que circulava pela cidade de Sidon, segundo informações da Agência France-Presse (AFP). O governo libanês criticou as ações israelenses, afirmando que representam violações do direito humanitário internacional e constituem crimes de guerra.
Além dos ataques contra áreas habitadas, bombardeios israelenses atingiram um edifício de época otomana em Baalbek, gerando apelos de parlamentares libaneses para que a ONU proteja o patrimônio histórico do país. Em carta enviada à diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, mais de 100 deputados ressaltaram a urgência de preservar os sítios culturais nas cidades de Baalbek, Tiro e Sidon. Segundo relatos, o ataque contra o prédio histórico foi o mais próximo já registrado de um local arqueológico de alto valor para o Líbano.
A ofensiva militar intensificada teve início em setembro, após um longo período de confrontos na fronteira entre Israel e o Hezbollah. Desde então, mais de 2,6 mil pessoas já perderam a vida no Líbano, a maioria civis. Israel afirma que seus ataques têm como objetivo neutralizar posições do Hezbollah, enquanto a organização libanesa abriu uma frente de combate contra Israel após o início do conflito em Gaza, em outubro de 2023.