O sistema de votação dos Estados Unidos envolve o Colégio Eleitoral, uma estrutura que existe há mais de 200 anos e visa equilibrar os interesses de cada estado no processo eleitoral. Apesar de mais de 160 milhões de eleitores registrados estarem aptos a votar, a decisão final fica nas mãos de 538 delegados que representam os estados e o Distrito de Colúmbia. Cada estado possui um número específico de delegados, definido pela população e representatividade no Congresso, e o candidato que obtém 270 desses votos é eleito presidente, independentemente do total de votos populares.
A dinâmica do Colégio Eleitoral permite que o vencedor do voto popular não seja necessariamente o vencedor da eleição. O sistema é baseado na premissa de que o candidato mais votado em um estado conquista todos os delegados daquele território, com exceção de Maine e Nebraska, que possuem divisões internas. Esse modelo possibilita que candidatos vençam com margens pequenas em estados-chave, o que, em situações como a eleição de 2016, favoreceu um candidato que perdeu no voto popular nacional. Tal sistema, ainda que polêmico, busca um equilíbrio entre estados populosos e menos populosos.
Casos excepcionais, como um empate no Colégio Eleitoral, acionam a 12ª Emenda da Constituição, transferindo a decisão para a Câmara dos Deputados, onde cada estado tem direito a um voto. Essa possibilidade, embora rara, foi observada apenas em 1824. Em última instância, o Colégio Eleitoral continua sendo um mecanismo essencial para a escolha presidencial nos Estados Unidos, refletindo um modelo de representação e equilibrando influências regionais.