O sistema eleitoral dos Estados Unidos é baseado no Colégio Eleitoral, onde os delegados de cada estado, proporcionalmente distribuídos de acordo com a população, são responsáveis por eleger o presidente. São 538 delegados no total, e o candidato precisa de 270 votos para vencer. Mesmo que o voto popular influencie a decisão, ele nem sempre garante a vitória, como demonstrado nas eleições de 2000 e 2016, quando os candidatos mais votados nacionalmente não foram eleitos. Isso ocorre porque a regra de “o vencedor leva tudo” em muitos estados pode favorecer o candidato que conquistar estados decisivos.
Alguns estados, como Nebraska e Maine, seguem um modelo diferente na distribuição de delegados, o que traz mais complexidade ao processo. Em certas regiões, os delegados devem obrigatoriamente votar de acordo com o resultado popular; em outras, essa regra não é fixa, permitindo desvios ocasionais, embora raros, chamados de “votos infiéis”. Se nenhum candidato obtiver a maioria, a Câmara dos Representantes decide a eleição presidencial, e o Senado elege o vice-presidente, um desfecho que ocorreu em 1824 e é previsto pela 12ª Emenda da Constituição.
O Colégio Eleitoral surgiu no século 18 para equilibrar as necessidades de um país com regiões de diferentes níveis de desenvolvimento e dificuldades de comunicação. A intenção era garantir representatividade e assegurar que estados menores tivessem voz no processo eleitoral. Essa abordagem reflete a tentativa de equilibrar a democracia representativa em um território extenso e com uma população diversificada, mesmo que, hoje, o modelo continue gerando debates e questionamentos.