O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI) como método de correção, que avalia a coerência do desempenho dos candidatos. Ao contrário de um sistema que simplesmente soma acertos, a TRI considera a dificuldade das questões respondidas. Assim, um aluno que acerta perguntas difíceis, mas erra as fáceis, pode obter uma nota menor do que outro que acerta as fáceis e erra as difíceis, o que indica uma possível tentativa de chute nas respostas.
Uma das principais vantagens da TRI é sua capacidade de identificar alunos que realmente se prepararam para a prova, premiando o desempenho consistente. Além disso, a TRI permite a comparação de notas entre candidatos de diferentes edições do exame, uma vez que os resultados são divulgados com duas casas decimais, o que torna mais raro que dois participantes tenham a mesma nota. Estratégias de resolução de questões são fundamentais: é recomendável que os alunos iniciem pela resolução das questões consideradas fáceis e, em seguida, avancem para as médias e difíceis, evitando a fadiga que pode comprometer seu desempenho.
A nota final no Enem não segue uma escala linear, pois varia de acordo com a dificuldade das questões de cada edição. Por exemplo, mesmo que um candidato acerte todas as questões, a nota máxima pode ser inferior a mil, e quem errar todas não receberá zero. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) explica que essa variação está ligada ao nível de dificuldade dos itens na prova. Portanto, preparar-se adequadamente e evitar deixar questões em branco são práticas essenciais para garantir um desempenho coerente e satisfatório no exame.