Os ensaios clínicos são essenciais para o avanço dos tratamentos contra o câncer, oferecendo aos pacientes acesso a terapias inovadoras. No Brasil, esses estudos representam uma importante oportunidade, especialmente para pacientes com poucas opções terapêuticas. No entanto, a participação em protocolos de pesquisa enfrenta desafios significativos, como a concentração dos centros de pesquisa em grandes cidades, barreiras regulatórias e a falta de informação sobre os benefícios dos ensaios clínicos.
Embora o Brasil tenha registrado um aumento no número de ensaios clínicos, especialmente em áreas como vacinas e tratamentos durante a pandemia de Covid-19, o país ainda ocupa uma posição relativamente baixa no cenário global de pesquisa em oncologia. A participação de pacientes em ensaios clínicos de câncer é estimada em menos de 5%, e muitos estudos estão disponíveis apenas em centros de pesquisa em locais distantes ou no exterior, o que limita o acesso, principalmente para populações de regiões remotas e de baixa renda.
Para superar essas barreiras, é necessário investir em infraestrutura, descentralizar os ensaios clínicos e melhorar a capacitação de profissionais. O uso de tecnologias como a telemedicina e o monitoramento remoto pode facilitar o acesso para pacientes em locais distantes. Além disso, a colaboração com hospitais públicos e parcerias internacionais são essenciais para ampliar a inclusão de mais brasileiros nos estudos clínicos, proporcionando acesso antecipado a tratamentos inovadores e acelerando o progresso científico no país.