A Polícia de São Paulo está investigando empresas ligadas a influenciadores do setor de suplementos nutricionais, suspeitas de adulteração de produtos. A operação começou após a apreensão de 30 toneladas de creatina da marca Soldiers, pertencente ao casal envolvido, que foram encontradas com irregularidades nas instalações. Entre os problemas detectados estavam a falta de licenças adequadas para o funcionamento de um centro de distribuição e uma unidade de manipulação de suplementos. Um dos locais investigados funcionava em um galpão destinado ao depósito de móveis, mas utilizado para estocar alimentos, o que gerou preocupações sobre as condições de armazenamento e segurança dos produtos.
Além disso, foi constatado que o segundo endereço, em Jundiaí, não possuía a licença sanitária necessária para a fabricação de suplementos e que os rótulos dos produtos estavam em desacordo com as exigências legais. A empresa se defendeu alegando que as investigações não tinham base justificável e que os locais investigados eram operados por prestadores de serviços terceirizados. Eles afirmaram ainda que cumprem padrões de qualidade superiores ao que é exigido pela legislação.
A investigação também envolve acusações de falsidade ideológica e crimes contra as relações de consumo. A ação policial foi inicialmente motivada por uma fiscalização em setembro, quando foram encontrados produtos com prazo de validade vencido à venda em um estande da marca em um shopping de São Paulo. A operação subsequente resultou na apreensão de documentos e dispositivos eletrônicos, onde foram encontradas conversas que indicavam reclamações de clientes sobre a presença de contaminantes nos produtos. Apesar das alegações, a marca afirma que sua creatina é aprovada pela Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais (Abenutri) e que está colaborando com as autoridades na investigação.