A Hormel Foods, empresa americana de alimentos, iniciou uma reformulação em seu portfólio, reduzindo em 25% a variedade de itens, como diferentes tipos de pepperoni, para simplificar a produção e focar em produtos mais rentáveis. Assim como a Hormel, outras grandes empresas, incluindo Levi’s, Dollar General e Hasbro, estão adotando estratégias semelhantes, eliminando produtos pouco lucrativos ou duplicados em suas linhas para reduzir custos operacionais e facilitar a logística.
A pandemia acelerou essa tendência, impulsionada por cadeias de suprimento interrompidas e demanda crescente pelos produtos mais vendidos, o que fez com que muitas marcas priorizassem itens essenciais e cortassem variações de nicho. Com a alta dos preços dos alimentos e o limite para novos aumentos de preço, as empresas buscam manter a margem de lucro enxugando suas linhas de produtos, o que resultou em uma redução de 0,9% nos custos desde 2019, segundo dados da consultoria L.E.K.
Porém, essa estratégia de racionalização de portfólio pode desagradar consumidores fiéis a versões específicas de produtos e levar a uma possível perda de clientes para outras marcas. Exemplo disso foi a reação negativa dos consumidores quando o Walmart retirou diversos itens de suas prateleiras em 2009, o que resultou na reintrodução de milhares de produtos. Empresas agora buscam equilibrar a simplificação de seus catálogos com as preferências de seus clientes, evitando cortes excessivos que possam prejudicar a experiência do consumidor.