O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, fez duras críticas às recentes declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre as novas medidas de ajuste fiscal do governo federal. Durante entrevista ao jornal *A Redação*, Fileti afirmou que o pronunciamento foi populista e provocativo, gerando incertezas no mercado e desestimulando investimentos. O principal ponto de crítica foi o anúncio da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais, medida que, segundo Fileti, carece de clareza na execução e não oferece uma solução concreta para os problemas fiscais do país.
A proposta de isenção foi detalhada por Haddad como uma forma de beneficiar a população de menor renda, sendo compensada pela taxação de rendas superiores a R$ 50 mil. Contudo, Fileti e outros economistas destacaram que já existem isenções para essa faixa de rendimento, considerando o anúncio como uma estratégia meramente populista. Além disso, a falta de explicações sobre a implementação das medidas e o impacto sobre a arrecadação fiscal geraram desconfiança no setor produtivo e nos investidores, refletindo negativamente nos mercados financeiros, com queda da bolsa e alta do dólar.
Diante desse cenário, a Acieg se comprometeu a buscar alternativas para mitigar os efeitos das medidas fiscais e reforçar o diálogo com a bancada federal e seus associados. Fileti enfatizou a importância de um plano mais consistente para a contenção de gastos públicos e reformas estruturais, como a reforma administrativa, para garantir a sustentabilidade econômica do país. Ele também alertou para os possíveis impactos negativos a longo prazo das políticas anunciadas, como a retração de investimentos e o aumento do desemprego.