Um empresário envolvido em processos de colaboração com o Ministério Público foi executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em um ataque que resultou em mais três feridos. A vítima, que havia denunciado operações ilícitas de uma facção criminosa, recusou propostas de proteção oficial, optando por contratar uma equipe de seguranças particulares composta por policiais militares. No momento da execução, uma série de contratempos envolvendo a escolta permitiu que o empresário estivesse vulnerável ao desembarcar no terminal.
Os policiais, que alegaram problemas mecânicos no trajeto ao aeroporto, não conseguiram chegar a tempo para evitar o assassinato. O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga a possibilidade de falha proposital no serviço de segurança. Como parte das investigações, celulares dos seguranças foram apreendidos para análise de comunicação recente, que pode revelar possíveis informações prévias sobre a chegada da vítima.
Segundo fontes próximas ao caso, o empresário era considerado uma figura importante em esquemas financeiros ligados à facção, envolvendo lavagem de dinheiro e investimentos em bens imóveis e criptomoedas. A suspeita de que o ataque foi uma retaliação aponta para uma possível queima de arquivo, uma vez que o empresário tinha conhecimento de informações sensíveis e já havia atuado para expor detalhes do funcionamento da facção ao MP.