Um empresário foi morto em plena luz do dia na sexta-feira, 8 de novembro, na área de desembarque do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo. O homem, investigado por ligação com uma facção criminosa, foi alvo de um ataque violento em que foram feitos 29 disparos de diferentes calibres. Entre os tiros que o atingiram, contabilizam-se ferimentos nos braços, rosto, costas, perna e tórax. Os autores do ataque fugiram do local e seguem foragidos, segundo a Polícia Civil de São Paulo.
Meses antes do incidente, o empresário havia fechado um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) para colaborar em investigações contra esquemas de lavagem de dinheiro e corrupção. Em seus depoimentos, ele teria implicado um delegado e apontado policiais civis que teriam envolvimento em atividades ilícitas relacionadas ao combate ao tráfico de drogas. Apesar da oferta de segurança feita pelo MP, ele preferiu contratar seguranças particulares, todos policiais militares. No entanto, nenhum deles estava presente no momento da execução, alegando problemas mecânicos nos veículos utilizados para escolta.
A investigação inicial levanta suspeitas sobre a ausência dos seguranças, considerando possível falha proposital na proteção. Imagens de câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento do tiroteio, em que a vítima foi alvejada por homens que desembarcaram de um carro preto.