Um empresário com histórico de delação contra uma facção criminosa foi executado em plena área de desembarque do Terminal 2 no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A vítima, que colaborava com o Ministério Público, havia denunciado atividades ilícitas e se envolvido em disputas financeiras com integrantes da organização. Além do empresário, outras três pessoas ficaram feridas durante o tiroteio, incluindo dois motoristas de aplicativo e uma pedestre, que foram socorridos em estado grave. Um veículo usado no ataque foi encontrado em uma comunidade próxima, contendo munições e coletes balísticos, e está sendo periciado.
A Polícia Civil de São Paulo, em conjunto com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), investiga possíveis falhas de segurança. O empresário estava acompanhado por uma escolta particular composta por policiais militares, que foram afastados de suas funções enquanto se apuram possíveis omissões no serviço. Uma linha de investigação sugere que os seguranças possam ter facilitado o ataque. Por essa razão, os celulares dos policiais foram apreendidos para análise, buscando verificar se houve comunicação suspeita antes da execução. A namorada do empresário, que estava presente no momento do crime, também prestou depoimento.
O empresário teria recusado, mais de uma vez, a proteção oferecida pelas autoridades. As investigações indicam que ele foi monitorado antes de desembarcar no aeroporto, o que facilitou a emboscada. A Secretaria de Segurança Pública informou que os veículos envolvidos na escolta e o carro dos atiradores foram apreendidos para perícia. Além disso, testemunhas informaram que o empresário temia represálias devido à sua colaboração com o Ministério Público, com o objetivo de desmantelar esquemas de lavagem de dinheiro e crimes relacionados a uma facção criminosa. As investigações continuam em busca dos suspeitos, que seguem foragidos.