O empresário foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, após cooperar como delator em uma investigação que desvenda o esquema de lavagem de dinheiro e atuação de uma das maiores facções criminosas do Brasil. A investigação envolvia transações imobiliárias e uso de criptomoedas, além de detalhar relações entre a facção e o mercado imobiliário e esportivo. Além da vítima, três pessoas ficaram feridas no ataque, mas estão em condição estável.
Segundo a polícia, o empresário teria participado de negócios com membros da facção, facilitando investimentos em imóveis e moedas digitais. Esse envolvimento o colocou no centro de uma disputa interna, ao ser acusado de ter ordenado a morte de um membro influente da facção. Como consequência, um prêmio milionário foi posto sobre sua cabeça. Ele havia firmado um acordo de colaboração premiada, que incluiu depoimentos detalhados sobre a facção, possíveis atos de corrupção e suspeitas de suborno.
A investigação trouxe à tona práticas como o pagamento de imóveis em dinheiro vivo e a omissão de nomes de proprietários em registros de bens, o que ajudaria na ocultação de bens para a organização criminosa. Autoridades investigam as operações imobiliárias e possíveis envolvimentos de executivos e policiais na proteção dos interesses da facção. A construtora mencionada no caso negou ter qualquer relação com a facção e disse estar disposta a cooperar com as investigações em andamento.