O empresário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), tem adotado uma tática polêmica de divulgar informações pessoais de funcionários públicos dos Estados Unidos, especialmente aqueles que ocupam cargos em áreas ligadas às mudanças climáticas. Recentemente, Musk republicou posts que expuseram o nome e os cargos de quatro funcionárias federais, gerando uma onda de ataques e ameaças contra elas. Embora as informações fossem de fácil acesso em bancos de dados públicos, o foco das postagens foi direcionado a indivíduos em funções pouco visíveis, o que gerou temores entre os servidores públicos, que agora temem tanto por sua segurança quanto por possíveis represálias. A estratégia tem como objetivo enfraquecer a confiança pública no governo e pressionar pela eliminação de cargos, especialmente em áreas que Musk considera ineficazes ou desnecessárias.
Essas ações têm causado um impacto negativo significativo sobre a vida pessoal dos envolvidos, com relatos de ataques cibernéticos e ameaças físicas. Pelo menos uma das funcionárias visadas apagou suas contas em redes sociais após a exposição. Musk, conhecido por suas postagens provocativas e críticas a figuras públicas, já havia realizado ações semelhantes anteriormente, o que levantou preocupações sobre a normalização de comportamentos agressivos online e suas consequências para a vida privada de indivíduos que trabalham no setor público. Especialistas alertam que essa prática pode ser vista como uma forma de assédio cibernético, o que coloca em risco a segurança e o bem-estar dos funcionários federais.
O impacto dessas publicações vai além do dano imediato à reputação, gerando também um ambiente de medo e insegurança dentro da administração pública. Muitos servidores públicos expressaram receio de se tornarem alvos de campanhas semelhantes, o que pode resultar na diminuição do moral e, em casos extremos, na decisão de deixar seus postos. A abordagem de Musk, que visa minar a confiança nas instituições e nos funcionários públicos, é vista por alguns como uma estratégia para promover a agenda política que defende a redução do tamanho do governo. Contudo, críticos apontam que essa prática tem gerado um clima de intimidação e divisão, com reflexos potencialmente graves para a estabilidade do serviço público federal.