A cidade de Castelândia, em Goiás, passa por um momento conturbado na política local. Após eleger nove vereadores em 6 de outubro, a população terá que voltar às urnas em 10 de novembro para escolher outros nove representantes, que exercerão mandato por apenas um mês. Essa situação é consequência da cassação de cinco vereadores eleitos em 2020 por fraude na cota de gênero, o que anulou os votos da chapa e forçou uma nova eleição.
A decisão judicial que resultou na perda da maioria do partido do prefeito no Legislativo provocou mudanças drásticas na composição da Câmara. Com a nova totalização, o partido de oposição ganhou força, assumindo oito das nove cadeiras. Esse cenário gerou disputas internas e atrasos na aprovação de projetos, além de tentativas de desestabilizar a liderança da Câmara.
Apesar de a Justiça Eleitoral defender a correção da medida, a confusão de datas e o processo eleitoral suplementar geraram incerteza e cansaço entre os eleitores. Governistas e oposicionistas reconhecem a complexidade da situação, questionando o impacto das decisões judiciais na gestão e na dinâmica política da cidade. Mesmo assim, especialistas confirmam que a realização de uma nova eleição é correta diante das irregularidades identificadas.