As eleições de 5 de novembro nos Estados Unidos não se limitam à disputa presidencial entre Kamala Harris e Donald Trump. Os eleitores também decidirão sobre cargos no Congresso e em instâncias locais, em um processo que inclui desde representantes e senadores até autoridades municipais e estaduais, como prefeitos, juízes, e comissários de agricultura. Além disso, diversas medidas estaduais importantes, como a legalização da maconha e o direito ao aborto, serão colocadas em votação, refletindo a descentralização do sistema federal norte-americano.
No âmbito do Congresso, a Câmara dos Representantes e o Senado têm papel central na aprovação de leis, tornando a disputa por controle legislativo tão relevante quanto a da presidência. Atualmente, os republicanos detêm a maioria na Câmara, enquanto os democratas têm a liderança no Senado. Com todas as 435 cadeiras da Câmara em disputa e 34 das 100 cadeiras do Senado também à votação, o equilíbrio de forças no Congresso será fundamental para os próximos anos. A estrutura eleitoral faz com que a composição do Senado seja crucial, já que decisões importantes podem ser definidas pelo voto de desempate do vice-presidente, atualmente a cargo de Kamala Harris.
A população também participará de referendos em 41 estados, abordando temas como maconha, aborto, segurança pública e regulamentos ambientais. Destaque para as iniciativas ligadas à legalização do uso recreativo da maconha em estados como Nebraska, Dakota do Norte e Flórida, e as medidas sobre o direito ao aborto, que serão votadas em onze estados, como Arizona e Missouri. A eleição envolverá ainda disputas por governadores e cargos executivos estaduais, ilustrando a complexidade e o alcance das decisões eleitorais no sistema norte-americano.