Os Estados Unidos, segundo maior parceiro comercial do Brasil, definirão nesta terça-feira (5) seu próximo presidente, em uma disputa acirrada entre Kamala Harris e Donald Trump. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou apoio a Harris, enfatizando a importância da democracia. As relações comerciais entre os dois países, que celebram 200 anos em 2024, são históricas, tendo os EUA sido o principal parceiro do Brasil ao longo do século XX, embora a China tenha assumido essa posição globalmente desde 2009.
Dados recentes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) indicam que, entre janeiro e setembro de 2023, o comércio entre Brasil e EUA alcançou cerca de US$ 60 bilhões, com exportações brasileiras totalizando US$ 29,4 bilhões e importações em US$ 30,7 bilhões. Especialistas ressaltam que a vitória de qualquer um dos candidatos exige que o Brasil adote uma postura pragmática e diplomática, buscando construir relações favoráveis independentemente do resultado das eleições.
O professor José Luis Oreiro e outros analistas apontam que o Brasil deve focar em sua agenda de interesses, atuando como uma ponte entre os blocos G7 e Brics. A diplomacia brasileira, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores, deverá priorizar um diálogo pragmático em áreas como comércio e segurança, enquanto os impactos de uma possível vitória de Trump seriam analisados mais detalhadamente após a transição de governo. O cenário atual demanda cautela, pois a direção da política externa dos EUA pode influenciar as relações futuras com o Brasil.