As eleições presidenciais nos Estados Unidos, programadas para o dia 5 de novembro, têm gerado expectativas no Brasil, especialmente em relação a dois temas principais: o protecionismo e as contas públicas dos EUA. A disputa entre os candidatos, Kamala Harris e Donald Trump, levanta incertezas sobre as futuras políticas econômicas e suas implicações para o Brasil. Especialistas alertam que a postura protecionista de Trump pode agravar a guerra comercial com a China, impactando negativamente o comércio brasileiro, enquanto uma vitória de Harris poderia resultar em uma abordagem mais cooperativa nas relações comerciais.
A balança comercial do Brasil, que já enfrenta desafios devido às tarifas americanas sobre produtos chineses, pode ser afetada dependendo do vencedor. Trump, com seu histórico de medidas inesperadas e tarifas elevadas, poderia dificultar as exportações brasileiras, especialmente nas indústrias de aço e alumínio. Em contrapartida, a política de Harris poderia favorecer um aumento nas trocas comerciais entre os países, aliviando pressões sobre o setor industrial brasileiro.
Além disso, o valor do dólar e a taxa de juros também são questões cruciais. A inflação nos EUA e as políticas fiscais dos candidatos impactam diretamente a cotação da moeda americana em relação ao real. O aumento das taxas de juros nos EUA sob uma gestão Trump pode resultar em uma desvalorização do real, enquanto Harris, com suas propostas assistencialistas, poderia estimular a economia e, potencialmente, moderar a força do dólar. Assim, a direção que a política econômica dos EUA tomar nos próximos anos será vital para a saúde econômica do Brasil.