Nesta quarta-feira, as atenções do mercado financeiro estão divididas entre as eleições presidenciais dos Estados Unidos e a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. Nos EUA, a expectativa é que Donald Trump confirme sua vitória, enquanto, no Brasil, aguarda-se o anúncio da taxa Selic, previsto para as 18h30. O mercado antecipa um aumento de 0,50 ponto percentual, elevando a taxa para 11,25%, em resposta às pressões inflacionárias e sinalizações anteriores do Banco Central.
Enquanto isso, o Federal Reserve (Fed) também inicia sua reunião de dois dias sobre política monetária, com expectativa de uma nova redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros. Além dos eventos monetários, a temporada de balanços das empresas brasileiras continua aquecida, com destaques como Eletrobras, Braskem, Minerva e Hypera entre as companhias que divulgarão resultados nesta quarta-feira. Esse cenário reforça a volatilidade do mercado, especialmente com o dólar registrando valorização impulsionada pela disputa eleitoral americana.
No cenário político e corporativo brasileiro, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto que visa aumentar a transparência na execução de emendas parlamentares, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o termo “gasto” não seja associado à educação. No setor industrial, o BNDES reportou que os empréstimos destinados à indústria superaram os do setor agropecuário pela primeira vez desde 2016, refletindo uma nova tendência no financiamento público. A agenda de dados econômicos segue densa, com divulgações do IGP-DI e o Índice Commodities Brasil, contribuindo para as expectativas sobre o mercado doméstico.