Os eleitores norte-americanos vão às urnas nesta terça-feira (5) para decidir uma das eleições mais atípicas da história recente dos EUA, marcada por cenários inéditos: a possibilidade de eleger a primeira mulher presidente, Kamala Harris, ou dar uma nova chance a Donald Trump, que tenta retornar ao cargo mesmo enfrentando uma condenação judicial. A campanha acirrada viu Kamala Harris assumir o lugar de Joe Biden na chapa democrata após a desistência de Biden, reforçando a animação entre eleitores democratas, enquanto Trump conseguiu manter sua base mobilizada mesmo após controvérsias e processos legais.
Os temas principais que dominam o cenário eleitoral são a economia em dificuldades e a questão da imigração. O desempenho econômico impulsionou preocupações com o custo de vida e a crescente população de rua, enquanto a imigração ilegal atingiu números recordes no ano anterior, provocando respostas fortes tanto de democratas quanto de republicanos. Trump manteve seu discurso rígido, enquanto a administração de Biden adotou medidas duras para controlar o fluxo migratório, em uma tentativa de conter críticas. Ambos os candidatos investiram significativamente nos estados decisivos, com foco em eleitores jovens, minorias e grupos específicos cujas preferências podem decidir o resultado.
Além dos desafios internos, a eleição ocorre em um contexto de tensões globais, com os EUA envolvidos indiretamente nos conflitos entre Israel e grupos como Hamas e Hezbollah, além da guerra em andamento na Ucrânia. O apoio financeiro a Israel e à Ucrânia enfrenta resistência interna, complicando as decisões estratégicas da próxima administração. A apuração dos votos será complexa, devido ao sistema eleitoral americano e à alta participação de eleitores na votação antecipada, tornando incerta a data final para o anúncio do resultado.