As eleições presidenciais nos Estados Unidos, que acontecem neste 5 de novembro, são consideradas decisivas para a política americana e o cenário global. Com a candidata democrata Kamala Harris tentando suceder o atual presidente Joe Biden, os democratas enfrentam desafios significativos, especialmente em estados cruciais como Wisconsin. A aprovação de Biden, em média nacional de cerca de 40%, encontra-se ainda mais baixa em Wisconsin, um estado do Cinturão da Ferrugem, marcando apenas 38%. Essa baixa aprovação pode dificultar a campanha de Harris, com especialistas sugerindo que presidentes com índices de aprovação nesse nível têm chances reduzidas de garantir a vitória.
Nos estados decisivos como Arizona e Michigan, a aprovação de Biden apresenta uma ligeira recuperação, mas ainda está abaixo das expectativas para assegurar uma vantagem democrata. No Arizona, onde o apoio de Biden é de 43%, analistas expressam surpresa com o desempenho, uma vez que esperavam uma vantagem maior para os republicanos. No entanto, a situação em Wisconsin é um ponto de maior preocupação para os democratas, sinalizando uma possível mudança nas preferências eleitorais em áreas tradicionalmente seguras para o partido.
O resultado desta eleição é observado de perto por economistas e investidores globais devido aos impactos potenciais na economia mundial, especialmente em mercados emergentes como o Brasil. Uma eventual vitória republicana pode acarretar medidas protecionistas e políticas mais restritivas em relação à imigração, o que poderia intensificar a inflação nos Estados Unidos e fortalecer o dólar. Isso, por sua vez, poderia impactar o câmbio e a política de juros em países emergentes, dificultando a recuperação econômica. Com o andamento da apuração, especialistas preveem uma noite longa e possivelmente instável, com resultados que podem demorar a se consolidar.